Ao contrário da
dominação psicológica que tem seu prazer
potencializada com
a doutrinação da submissa, canalizada
para o prazer
sexual de ambos, o sadismo psicológico tem seu ápice no prazer pessoal da
conquista – pura e simples. Nele, a corrupção moral é o que conta.
Não falo aqui de jogos de humilhação, falo de algo mais complexo.
São valores
pessoais e auto estima que são corrompidos,
por isso, esse tipo
de sadismo é finito em si mesmo.
Um adendo: tais
jogos cabem, perfeitamente, também
numa relação D/s
estabelecida.
Outro diferencial
reside no campo sexual: o sadismo psicológico
não tem como meta,
nem prazer, o sexo propriamente dito. Porém,
muito embora sua
manifestação é pessoal e egoísta, percebo
que os sádicos
psicológicos desenvolvem uma relação
E aqui abro um
parênteses para falar de uma faceta desses adoráveis 'monstros': o sádico
psicológico,necessariamente, possui uma personalidade assustadoramente
sedutora e encantadora. Pode ser aquele amigo acima de qualquer suspeita,
aquele que faria qualquer coisa por você.
O colo certo e
sempre disponível e geralmente é tudo isso mesmo,
além de ser
extremamente inteligente, perspicaz e deter bons conhecimentos das reações da
psique humana. Outro ponto: quanto mais capacitada intelectualmente for a
mulher maior sua satisfação em minar sua estrutura e personalidade, na minha
concepção, é o estupro emocional levado a cabo.
E qual a motivação
das parceiras num jogo tão nefasto? Inúmeros: desafio intelectual; superação
emocional; vontade de ser vista como ' a especial, 'a diferenciada'; e, até
mesmo, se superestimar ou subestimar a capacidade do parceiro. O fato é que
algum motivo pessoal existe, uma vez que todas sabem que estão lidando com um
sádico.
E o que desencadeia
esse processo num Dominador?
Qualquer desafio. O
prazer proporcionado pela situação criada é
infinitamente maior
que qualquer resquício de ética,moralidade ou afeição pela pessoa. Importante
ressaltar aqui que esse tipo de jogo só é possível quando o parceiro desperta
sentimentos extremos admiração ou desprezo.
O grande perigo
está, justamente, na discrepância de objetivos, uma vez que nesse tipo de jogo,
não existirá quem se sinta responsável pelo prazer ou pelo sofrimento do outro,
podendo restar como herança estragos emocionais incalculáveis.
Numa rápida – e
superficial – olhada enumero a sensação de culpa,
por não ter sido boa
suficiente para 'Ele'; e de incompetência para
viver sua própria
fantasia sexual.
Como tudo tem seu
contraponto, acredito que as 'vítimas' também encontrar nesta relação sua razão
de ser....ou sofrer
Nenhum comentário:
Postar um comentário